terça-feira, 10 de junho de 2003

Ah, moleque!
Na primeira vez em que olhei bem dentro dos olhos dele, uma surpresa. Tive tanto medo!
Desde então, se passaram dez anos e uma eternidade, porque pra um amor desse tamanho, tempo não se mede.
Continuo me assustando com seus olhares profundos - que vêm depois de um choro sentido, uma gargalhada debochada, um beijo de repente, que ganho todos os dias.
Muitas vezes, não tenho o que dizer a ele. Nem ele me pergunta muito. É como se soubéssemos tudo, juntos.
Agora, ele me vem com ânsias de independências e vergonhas injustificadas, e eu fico repetindo pra mim mesma: é o tempo, é o tempo.
Eu sempre soube que esses dias chegariam, e agradeço aos universos por estar neste presente. É o tempo, mesmo.
Que esperneia, dá frutos, tira o fôlego da emoção e me faz parir uma mãe nova por dia.