sexta-feira, 28 de julho de 2006

Minha amiga me disse: "fracassei exitosamente".
Haja sabedoria.
Entre um ceviche e outro, descubro que o melhor de Quito é me sentir confortável entre vulcoes que podem cuspir fogo de uma hora pra outra.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Está lá, no arquivo:

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Quarta-feira, Julho 11, 2001

Recado do Hans:
*saudade*, no visor do celular.
Meu precioso amigo me ajudou a descobrir o Renato Russo numa hora em que eu queria morrer - ou matar alguém, sei lá.
"O que foi escondido é o que se escondeu
E o que foi prometido, ninguém prometeu".
Não é que é mesmo?
Custou pra cair a ficha, mas anos depois ninguém precisa cantar pra me lembrar:
"nem foi tempo perdido."
Hans é sabido. E querido. Como a maioria dos cachorros vadios que eu conheço.
É gente da minha espécie. Morre, não deita e renasce - três vezes por dia.

posted by Bellatrix @ 8:38 AM

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O que vinha mesmo depois, na poesia? "Nem foi tempo perdido"...
"somos tão jovens, tão jovens".
Hans é jovem. Sempre será. Assim como sempre será querido. Onde quer que vá, onde quer que esteja, é como eu - morrendo e renascendo.
Não foi tempo perdido, querido. Tão jovem. Vou cantar pra te lembrar, sempre.
Saudades - em todos os visores.

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Para viver a paixão com compaixão é preciso despir-se. Tirar, peça por peça, de cima de si os anos, as palavras repetidas sem inocência, as memórias e seus mecanismos encarceradores, os véus.

Desnudar-se é a única forma de mergulhar na paixão compassiva, aquela que liberta e cura, a que desvenda e revela. Nus, não precisamos de reflexos - não há nada que possa estar no lugar errado, nada que não combine ou destoe.

Nus, nós somos únicos, íntegros, generosos, corajosos - e aí sim, podemos ser compaixonados.