sábado, 4 de julho de 2015

Capturada entre Atlas e Sísifo, de olho no meu meio século refaço planos de Lilith.

Acordei ansiando por Lilith, velha senhora talmúdica que mora na minha primeira casa, tingida pelas cores do carneiro. Tomei café me perguntando: por que tão trágica? Jurei nunca mais ler o jornal. Sucumbi à tentação - nada como uma Lilith na casa 1 - e fui às lágrimas com o Márcio Tavares D'Amaral no Globo de hoje. Na coluna, urros no deserto, Nietzsche.
Recuperei o gosto pelo Cristo dionisíaco que conheço, aquele que, no mesmo deserto de sempre, deita a cabeça no colo da Lilith uivante e sorri, sabendo que são ambos eterno retorno. O Globo pesou menos sobre Atlas. Sísifo faz sentido, se todos nos comprometermos com a dor dos cavalos e nos entregarmos à loucura. Na minha casa, a diversidade faz ferver o amor. Na cabeceira da minha cama, um bilhetinho diz: I have hope - and I'm not afraid to use it. Na minha coluna, Lilith ascende e Dioniso transborda.