Eu sou desaforada, sim. Mas não penso na presidência.
Nem na direção, nem na gerência, nem na coordenação. Nenhum posto, só um porto.
Penso na presença.
Hoje é que vale, isso ensina o Urano que teimo em desafiar.
Passado, se bate à porta, é oi e tchau. Futuro, desculpem, estou muito ocupada tratando de escolher o agora. O que será é o que é e isso importa. E, pensando no que chamam por aí de livre-arbítrio, fico com o livre e dispenso o arbítrio, que é muito empavonado por meu gosto de desaforada.