quinta-feira, 26 de abril de 2007

Recado pra tu, ó, ô Marte:

Para Que Digladiar
Jorge Ben Jor

Para que digladiar, para que digladiar
Se bom mesmo é cozer
Esperar ficar no ponto e comer
Se bom mesmo é coser
Esperar ficar pronto, vestir, aparecer

Para que digladiar, para que digladiar
Pois o meu amor (ai ai)
Gosta, gosta gosta de mim
Pois o meu amor (ai ai)
Reza, reza por mim

Alcança a esperança
Contra a aliança da vingança
Avança e lança
A bonança da herança
Da criança de trança
Da dança da lembrança
Da poupança que é mansa
Mas não cansa

Duas mulheres se digladiavam no sonho. Iguais, gêmeas, uma perseguia a outra com desejo de morte. Eu me sentia a perseguida. A outra também era eu. Tentando me defender, me batia – e via minha menina chorando, quando acertava o soco. Muita culpa. Muita graça. Muita luz.

Agradeço ao meu Marte na 12, provocando esses golpes de inconsciente, para que venham à tona. Atenta ao Marte, estou. Numinoso, na 12.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Ganhei, nos últimos dias, presentes preciosos.
De Jim Lord, ganhei o livro "What kind of world do you want?".
De Ana Lucia ganhei um sindhi halva, doce especialíssimo que veio de Mount Abu, energizado pela meditação de pessoas definitivamente dedicadas a criar pensamentos melhores, vidas melhores, mundos melhores.

O Universo não me manda recados - ele fala direto, cai na minha caixa postal.

"Oh sure, dreaming is the easy part! Thinking the shiny, sexy, happy thoughts. And so are the baby steps; moving with your dream. The hard part, Graciela, is... Well, actually, choosing words that imply you're on your way is pretty easy, too... Pretending is easy... Gratitude, easy... Finding stuff to be happy about, easy...

Help me, Graciela. I must be forgetting something. What's supposed to be the hard part?"

The Universe

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Amanhã minha Bella faz 12 anos. Ela já quase corre com as próprias pernas, já quase compra suas próprias brigas, já quase acha que sabe o que quer...mas ainda ronrona encostada na barriga da mãe.

É feroz, a bichinha. Eu gosto. Ensino a ela como afiar as garras, a língua, e a cuidar do coração, pra que nenhum orgulho excessivo o machuque. Aos poucos, ela tem relativizado a importância suas vitórias, no instigante caminho de aprender a escolher ser livre.

Sei que de uma hora para a outra ela vai estender suas pernas e ganhar o mundo numa velocidade de deixar qualquer mãe atônita. Estou me preparando pra esfregar os olhos no meio da nuvem de poeira que ela deixar pra trás, e sorrir. Sei que também de uma hora pra outra ela vai voltar pra lamber feridas, me trazer troféus pra polir ou simplesmente me contar do mundo, porque o dela será, certamente, bem maior que o meu.