domingo, 5 de fevereiro de 2012


No céu africano o que se lê é graça.
Rosa amarela, terra salgada
o coração do mundo é negro pulsante.
No riso branco e fácil o que se lê é graça.
Olho amarelo, olho d'água em dádiva incessante
o coração do mundo pulsa aqui, felino e dançante.
A força espalmada, a dor retumbante,
Soweto ri.
No céu africano ninguém parte ou vai embora.
Rosa arrancada, terra doce,
o coração do mundo é negro espalhado.
No mundo todo, a dor da África chora
e a graça sorri, à espera do amor do tempo
que cura saudade e fome.