terça-feira, 21 de agosto de 2007

Eu fiz análise por quase seis anos. Me lembro de umas poucas palavras solitárias, perdidas, escapulidas da minha cabeça em dias de sibéria: dias de paladar intragável e ritos de morte horripilantes.

Do muito que eu disse, quase nada ficou. Era pra expurgar, e foi.

Mas do que não foi dito...disso minha memória se alimenta.

Presente da minha analista - um bilhetinho, onde se lia:

A man, in some aspect, is:
like all other men;
like some other men;
like no other man.


Uma lágrima fugiu dela no dia da alta. Sim, ela me deu alta. A mim e à barriga que eu empinava desafiadora, perto de parir, símbolo vivo e agudo da minha opção pela vida.

Ninguém explica.