Estas últimas semanas foram marcadas pelos gatos. No campus da universidade eles dominam, dormem em qualquer lugar e sempre tem potes de comida e água espalhados pelos cantos. Na casa do Sandro e da Paia, Frida é uma atração à parte. Linda. Na casa da minha mãe, Zara, a impossível, morre de ciúmes (e de amores) por mim.
Mas o destaque de fevereiro vai para essa mimosa aqui:

Ela dormia no frio absurdo, enquanto o realejo tocava. Não pude me conter, parei ali mesmo e ignorei meu atraso - imperdoável, naquelas bandas. Falei com a gatinha, ela me respondeu, meio acordada, meio cochilando. Trocamos confidências. Colaborei com o senhor que tocava o realejo e fiquei ali, admirando a inocência, derretendo no palato um quadradinho de chocolate e sonhando com um mundo de gatos, lápis coloridos, doces de leite Ninho e velas teimosas em bolos confeitados. Falei baixinho, com voz de gato, ronronei. Lembrei de todos os meus gatos amados - Babushka, Freddie Mercury, Chatô, Shitara, Morena, Tomé, Ray Charles e F.Dona. Praticamente engatinhei de volta pro hotel, querendo com urgência aquecimento e café.
Saudades de casa.