É Samedi.
Parece que vim de Salém.
Nas estações dessa semana
vi gente de tanta cor,
na minha cabeça tocava Caetano
com a pergunta que jamais cala em mim:
Eu sou neguinha?
Também.
Sou Suleiman
Em Genebra, primavera, patrícios, kebabs.
Minha cor,
meus aparatos rosa pink
de Victoria Secrets para o eterno Samadhi.
Suleiman sempre neguinha,
fa-ber-glas-ted
com as perguntas perenes
e as respostas coloridas.
Eu vim de além
mar
deserto
cruzada
Sobrevôo a Espanha amarela encantada.
Pra sempre pergunta,
pra sempre tomada
pelo mouro.