No ano que entra
eu quero fazer uma conta não muito exata.
Pretendo ir além da conta.
Olhar mais pra longe, para o próximo distante,
empunhar cordas e picaretas pra sair deste buraco
que é o meu umbigo (ouvi dizer que é logo ali,
entre as duas colinas ao Norte, que mora o Sol).
Também quero rir mais.
Fazer exercícios de língua pra não falar bobagem,
Andar de conversível pra encher a boca de vento.
Quiçá, usar as pontas dos dedos para somar e dividir,
de maneira que meu restante não sobre.