sábado, 2 de janeiro de 2016

Lua cheia em Gêmeos. Há 28 anos eu celebrava a lua cheia de novembro vestida de branco, no alto do outeiro, firmando aliança. Tanto branco, tanta lua, tanta promessa - mas eu era solar.
28 anos são quatro ciclos de concretude. Na madrugada, olho para a lua da janela do avião, voltando da terra da Frida Kahlo, hoje muito mais conhecedora das dores que atravessam as mulheres. De preto, sem luto, celebro a liquidez que permite a renovação de sonhos. Alquimicamente, encontro a vida no dissolve/coagula. Olho para o céu em rubedo, e realizo o quanto sou lunar. Me tornei senhora, e essa constatação me satisfaz.
Em 25 de novembro de 2015.